domingo, 29 de novembro de 2009

DIVIDIR

Mínimo
Máximo
Divisor
Comum...

Que faço
se não sei dividir
você com ninguém?
No mínimo,
tento ao máximo fingir.

Neste jogo
não sigo regras.
Nem mais.
Nem menos.
Quanto mais dividir.

Maria Eugenia
10/12/2007
*direitos reservados*

domingo, 15 de novembro de 2009

ESPERANÇA



Quero trazer à memória
Tudo que pode me dar esperança.
Que ao início de cada manhã
A esperança levante meu semblante
Eu seja mergulhada na paz
Que me faz uma nova mulher.

Que a cada dia eu me lembre
que o sol nasce radiante.
Que a chuva rega a terra.
Que as flores lançam sementes
que os pássaros, em alegre canto,
espalham pela terra como grãos de vida.

Quero sim trazer à memória
A terna misericórdia divina.
Do trigo colhido em pão transformado.
Da água que mata a sede do peregrino.
Dos abraços que abraçam e amparam.
Das mãos que tocam em afagos.

O desejo de sempre estar presente.
A cura da dor da ausência.
A certeza que invade a alma
E faz-me viver a despeito do medo.
Da graça da salvação alcançada
Do amor conquistado que me tornou nova mulher.

Maria Eugenia
13/07/2008
*direitos reservados*

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um gélido silêncio




Um silêncio absolutamente incomum
tomou conta dos dois.
Sonhos, desejos, projetos
desapareceram ante o gélido silêncio.

Como pode acontecer
assim tão de repente?
Os dois não perceberam
o abismo sepulcral da indiferença?

Se perceberam, calaram-se
por comodidade, apego,
medo de mudar a rotina
tão sacramentada no ritual do dia-a-dia.


Agora, frente a frente,
as palavras esvaeceram por completo.
Somente um pigarro forçado
quebrava a monotonia do silêncio.

Maria Eugenia
5/11/2009
*direitos reservados à autora*

domingo, 1 de novembro de 2009

Até que vença a Paz!






Até quando?
Até que...
A humanidade seja semente
de sonho
e liberdade.

Até que
a Vida vença a morte.
Até que...
a gente no presente
de alma inquieta
vislumbre no futuro
de alma lavada
a possibilidade
da paz sem fim,
de gestos afetuosos,
de toques,
de afagos,
de brilho de vida no olhar.



Até que...
Maltratando a Terra
a própria maldade
não nos tenha envelhecido.
Não nos tenha embrutecido.
Que não faltem as palavras
como bálsamo
para a cura dos cansados.



Até que
a violência cesse
no abraço da solidariedade.
Até que
a semente do sangue
de tantos ao longo dos séculos
tenha germinado.
Até que
o lobo ao lado do cordeiro
vivam juntos nos campos da paz...

Maria Eugenia
19/04/2008
01/11/2009
*direitos reservados à autora*