sábado, 7 de fevereiro de 2009

40 anos de formatura



Em 2008 comemoramos 40 anos de nossa formatura no Curso Normal do Instituto de Educação Valentim Gentil e creio que todos os meus colegas se lembram desta casa de ensino com muito carinho.

Realmente, entrei na PUC de São Paulo (Sedes Sapientiae) em 1969, sem fazer cursinho e em 10º lugar no rank geral da Universidade ( não prestei mais em nenhum lugar à época). Meu professor de Gramática Normativa perguntou onde eu havia estudado, "fascinado"(como disse ele) com o que eu já havia aprendido. Eu já escrevi isso no Quem se lembra desta comunidade.

Nossa turma era formada por alunos alegres, bagunceiros, amigos e que queriam bem aos seus professores e eram queridos por eles e que também traziam com amor o emblema da águia do IEVG.

Indisciplina existia, situações hiláricas aconteciam constantemente, haja vista a expulsão do Mario XXXX, no 2º semestre do terceiro ano do curso Normal, às portas da formatura.Fatos notórios que aconteceram naquele tempo são contados até hoje. Indisciplina sempre existiu. O limite e a intervenção da escola e da família fazia a diferença.
Também fui professora pública até 1998. Continuo lecionando no ensino médio técnico particular e em cursos de pós e coordenadora pedagógica de escola particular. Conheci quatro décadas da educação. Vi a ditadura, vi questões salarias gravíssimas (achatamento de salários), declínio do ensino com critérios de aprovações absurdas, abertura de cursos aprovados aos montes e com isso a má formação dos docentes e de profissionais de todas as áreas.

Mas, ainda creio que o pior é o desrespeito e a falta de limites na família, que reflete diretamente na escola. O Valentim de hoje não é diferente de toda a sociedade brasileira, com violência, desrespeito às leis estabelecidas e falta de uma política educacional séria e contundente.

Pena! Temos familiares que continuam estudando neste honroso Instituto!Pena para Itápolis que foi celeiro de grandes personalidades. Pena para todos nós brasileiros que discutimos, propomos e estamos sem força de mobilização. Viva a memória!


Maria Eugenia
07/2/2009
*texto escrito no tópico do Arquivo: 80 anos do IEVG, na comunidade de Itápolis*

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