Velha estação de trem...
Era a vida da cidade.
A cada apito de chegada
Trazia junto a esperança
E uma porção de bagagem...
Senhoras e donzelas na janela
À espera do trem.
Que jamais atrasava
Trazia passageiros e os mascates,
Mas também revistas e novidades.
Crianças correndo pelos trocados
Das malas para carregar.
Homens de chapéu e gravata
Prontos para a capital embarcar.
Primeira classe, sim senhor!
A noiva despedindo-se em prantos.
O noivo com sorriso malicioso
As passagens em suas mãos suadas segurava.
Afinal o trem os levaria na segunda classe
Para a encantada lua-de-mel.
A família enlutada
Na plataforma esperava
Aquele parente que morto chegava,
Posto queria ser enterrado em sua cidade.
Reverência e silêncio no vagão de carga.
Risos, prantos, angústias e alegrias.
Tudo girava em torno da vida
Trazida pelo apito do trem
Chegando e partindo na outrora luxuosa estação.
Hoje museu,onde não mais se escuta o apito do trem!
Maria Eugenia
30/09/2008
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