quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ADOCE SUA VIDA!



Amigos queridos

Ontem, 10 de janeiro, sepultamos nossa mãe, Leninha, às 16h. Ela era portadora do mal de Alzheimer havia 10 anos e dentre este tempo, ela permaneceu os últimos 5 anos em estado vegetativo.
Foi um tempo de muito sofrimento, lutas e dores, mas ela estava viva. Ela estava naquele quarto da casa de meu pai, sem noção de tempo e dia, mas respirava e vivia.
Quando íamos lá nas férias, a primeira coisa que fazíamos era chegar à porta do quarto e dizer: mamãe, somos nós, e cada filho e neto dizia seu nome. Ela permanecia imóvel, mas estava lá e isso era muito bom. Era como um ritual e a família continuava agregada ao redor dela.

No entanto, foi acometida de uma hemorragia interna, abdominal e depois de 3 dias de internação voltou para casa perto do meio dia para descansar para sempre à noite.Passou algumas horas em sua casa, em sua cama e viajou para a eternidade, em paz, como um passarinho em seu último voo.

Hoje, estamos todos nos sentindo estranhos, uma sensação de alívio porque cessou seu sofrimento, suas dores e ela foi libertada daquela condição de semicoma, mas também fomos acometidos de uma sensação de perda, de solidão, de ninho vazio. Com seu estado vegetativo, nós nos sentíamos quase órfãos, agora somos de fato órfãos de mãe. Uma tristeza acompanhada de saudade...

Eu, em particular, meditei pela manhã, hoje, e o título de meu devocional era: Adoce a sua vida! O versículo meditado dizia: “Levem... um pouco de bálsamo, um pouco de mel...” (Gn 43, 11). Eu estava precisando de uma palavra de conforto e ela veio.
”Um pouco de bálsamo para curar suas feridas existenciais e um pouco de mel para adoçar seu espírito amargurado. Por que você, hoje, não experimenta um pouco desta provisão de Deus para sua vida? Jesus é o bálsamo que cura nossas feridas. Jesus é o mel de Deus que adoça nossas amarguras. Experimente!” (cf. Bálsamo e Mel- Meditações Diárias – dia 11/01).
Experimentei, mergulhei neste Deus que nos cura, que nos ampara e chorei a minha orfandade e me refiz no louvor para continuar a minha caminhada.

Agradeço muito a todos que nesses anos, nos ampararam, foram “ouvidos” para ouvir nossas angústias, sorriram e choraram conosco. Aos de perto e aos de longe. Aos que conheciam nossa história e aos que nem imaginavam, mas que estiveram sempre perto de nós e nos brindaram com a alegria da amizade.

Abração,

Maria Eugenia
11/01/10

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