sábado, 31 de maio de 2008

Descoberta



Um dia acordei poeta.
Consumi-me em meio às letras,
Sílabas, frases, versos.
Deliciosas descobertas
formando mil universos
de gozo e prazer.

Um dia chamaram-me poeta.
Consumi-me em angústia
Embaralhei-me em meio às letras
Sílabas, frases, versos.
Temerosa, sem coragem de expor-me
Em meu universo enclausurei-me.

Mas que fazer
Em meio às novas descobertas
de novos versos
de mil universos?
De palavras rompendo em meu peito
Numa explosão de gozo e prazer?

Fui vencida.
Deixei-me ser...

Maria Eugenia
30/05/2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Honras e Glórias- Acróstico



Hoje é um dia especial
Onde devo muito honrar
Nunca é demais
Retribuir
Agradecer
Sobremaneira Àquele que vida me deu.

E sempre e sempre mais.

Grata estou
Louvando e agradecendo
Ornando com palavras que como flores
Revelam minha gratidão
Infinitamente Àquele que
Acima do céu e mar
Soberano a vida me concedeu.

Maria Eugenia
30/05/2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ato de Paixão

Escrever é um ato de paixão

Mais do que isso...

É ser amante das palavras

É ser íntimo do seu convívio.


Escreve quem ama as letras

Combina significados e significantes.

Brinca de dar forma,

Acaricia cada traço.


Amada e amante.

Escrita e escritor.

Poesia e poeta.

Uma simbiose...

Na qual cada um

não vive sem o outro.


Separar a palavra do poeta

Seria matar...

Dilacerar...

Arrancar as suas entranhas...


Pobres dos que reduzem

Dos que rejeitam

Até mesmo enjeitam este ato ...

Não descobriram o êxtase desta paixão.


Maria Eugenia

27/05/2008

sábado, 24 de maio de 2008

Minha homenagem



Esta crônica não é uma crônica de conotação política. É apenas o relato de uma lembrança. Acordei e como de hábito vejo as notícias do dia. Li a manchete: morre o senador Jefferson Péres. Fiquei penalizada pela pessoa do senador, sua luta na CPI e outras lembranças mais. Nenhuma conotação política pessoal.

Porém, o que me fez escrever foi porque, no mês de fevereiro de 2008, nas minhas aulas de Metodologia do Trabalho Científico, decidi usar um ensaio de Roberto Pompeu de Toledo, escrito na Revista Veja, em 27 de junho de 2007 com o título: Dois Homens Bons. O trabalho em sala de aula seria de 2 semanas e nos estendemos por quase um mês, tal o impacto de reflexão que o ensaio produziu nos alunos.Eu me surpreendi com as questões levantadas, visto que política é tema de menosprezo em nossos dias.

No ensaio, o autor considerou Pedro Simon e Jefferson Péres como políticos ao lado da decência e como políticos diferentes. Citou ainda que Péres declarou que estava em marcha batida para a desilusão e que em meio à crise do mensalão não via saída de melhora para a política brasileira e por isso encerraria sua carreira em 2010 ao final de seu 2º mandato.Como educadora fiquei radiante com o grupo, pois saímos do estudo apenas da estrutura do texto, para uma discussão mais aberta do momento nacional. Os alunos, por conta própria, pesquisaram sobre a instituição Senado desde a Roma antiga, montaram uma apresentação em power point, onde representaram os momentos mais cruciais vividos pelo nosso país e entrevistaram muitas pessoas para a redação do trabalho final que cada um tinha que entregar.

No ensaio usado como texto base, Roberto Pompeu de Toledo concluiu dizendo que Simon e Pérez representavam o que restou de intacto e que seu ensaio era uma homenagem a dois homens bons.Jefferson Péres encerrou sua carreira antes do prazo estipulado por ele, mas eu escrevo hoje para retratar a lembrança do que o ensaio provocou em um grupo de alunos e sua professora, transformando a aula de Metodologia em uma discussão pedagógica plena, provocando aprendizado no sentido mais amplo, que foi muito além do estudo estrutural proposto como objetivo das aulas.

Fiquei alguns momentos refletindo no ato de aprender com as próprias experiências e como um texto pode nos levar além, muito além do que o autor supõe ou propõe. Já escrevi e reforço: letras benditas, que nos livram da escravidão. Temos esperança, enquanto pudermos escrever livremente.

Também deixo minha homenagem ao senador.


Maria Eugenia

23/05/2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

TRANSFORMANDO ÁGUA EM VINHO




“Jesus transforma uma derrota em vitória. Ele transforma o fracasso em sucesso. Jesus transforma a tristeza em alegria. Ele é Aquele que cria fatos novos, inusitados.
Jesus tem um propósito. Ele tem surpresas sobrenaturais. Jesus pode fazer um sinal na sua vida, que lhe garanta uma nova direção, um novo rumo.
Crendo, teremos vida, seremos transformados.

PENSAMENTO: Jesus continua fazendo Seus milagres ainda nos dias de hoje, pois Ele vive.

ORAÇÃO: Senhor permite-me participar dos Seus milagres. Por Cristo. Amém!

Para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que crendo, tenham vida por meio Dele. (João 20:31)”.


(extraído do Devocional Bálsamo e Mel – Meditações Diárias- autor L.Aguiar Valvassoura)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ao meu Amado


A tua formosura

ó meu amado...

A quem te comparar?

És o mais belo

entre os filhos dos homens...

Os teus olhos

quando me olham

parecem chamas de fogo

que me envolvem

abrasando meu coração.


A tua tez branca, alva.

Mais alva que a neve.

Suave e perfumada.

Exala o perfume

de nardo puríssimo

O teu nome...

Como posso dizê-lo?

Ah! O teu nomeO nome sobre todo nome.

Que me encanta

só ao pronunciá-lo.


A tua voz parece as vozes de todos

os homens do mundo.

Vozes de todas as cascatas

assobiando após as chuvas.

Sussurrando poemas de amor.


O meu amado é meu.

Eu sou do meu amado...

Beija-me com os beijos

da tua boca.

Leva-me para deliciar-me

em tua presença.

E cantar canções livremente

em êxtase de amor.

Ah! Meu amado.

A tua formosura...

O teu nome...

A tua voz...


Maria Eugenia

21/05/2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fantasia de Menina






Quando eu criança amava o circo. E amo até hoje. Ele chegava a minha cidade com grande barulho e alarido. Instalava-se em um terreno baldio, distante do arrogante centro cultural, que não lhe abria espaço. Arte mambembe...
A lona colorida era armada. Maravilhosa, com bandeiras coloridas, que de tão maravilhosa escondia os remendos e mais remendos que o tempo se lhe impunha. O suficiente para esconder a chuva.
Os palhaços pelas ruas, zombeteiros, anunciavam o espetáculo. Atrás os carros com as bailarinas e os animais nas jaulas, que nem me parecia atrocidade. Faziam parte daquele mundo. Era tão linda aquela visão. Um caminhão transportava a banda que tocava desafinada os sons mais afinados que nossos ouvidos ouviam.
Coração acelerava, disparava... Hoje vai ter espetáculo? Vai sim senhor...
Nossa roupa de festa, a conversa com os amigos... Será que vai ter trapézio?Como serão os trapezistas?Darão saltos mortais?
Lembro-me de minha fascinação pelo trapézio. Sonhava em seguir o circo, ser uma trapezista, aprender esta arte... Lançar-me no espaço, vencer a gravidade. Ou melhor, se confessar honestamente, o que eu sonhava era casar com o trapezista, tão lindo naquela roupa colante de malha... Um Adonis nos meus sonhos.
Papai dizia que menina moça não podia ir ao circo desacompanhada e lá ia eu pedir à titia para levar-me ver meu trapezista...Sonhar que voava com ele pelo infinito tempo de um salto mortal...Um, dois, três...Ai!Quase cai!Mas qual o que. Meu herói pousava suave na rede e inclinava-se como um príncipe para receber os aplausos.
Quantos circos passaram pela minha vida de criança e adolescente... Quanto me apaixonei pelos trapezistas... O nome deles?Não sei. Nunca me atrevi a conversar com nenhum... Eu os amava nos meus sonhos e devaneios vividos naquele mundo tão irreal e inatingível para mim.
Hoje tem espetáculo? Tem, sim senhor...

Maria Eugenia
20/05/2008

sábado, 17 de maio de 2008

A Vocês, Novos Pequenos Mártires


A Vocês, Novos Pequenos Mártires

O que é dor? O que significa este substantivo, que de tão concreto causa marcas, sinais físicos, psicológicos e sexuais, que pode tornar-se abstrato, quando escondido no mais profundo do inconsciente, como forma de apagar aquilo que não se apaga? Esquecer? Fingir que não se vê?...
Que flor poderíamos dar a vocês, Novos Pequenos Mártires, para aplacar tamanha dor?
Talvez a flor chamada Martírio, que nem sabíamos que existia, mas que é tão concreta, que também é chamada Flor-da-Paixão e Maracujá-Azul. Por que não Flor-do-Amor? Flor-da-Alegria? Flor-da-Tolerância?
Por que não dar a vocês, Maracujá-Amarelo, cor da esperança, do futuro, da vida. Mas azul? Azul, cor das marcas dos hematomas, das feridas, do ar sufocado que quase não chega aos pulmões? Pequena flor, quase desfalecida, quando tem tanto para florescer, se fosse cercada pelos cuidados de um jardineiro. Flor do Martírio, tão linda, tão concreta, embora tão desconhecida, mas não rara e difícil de ser observada, de ser enxergada. Sempre velada, escondida, que não chega a ser exposta. Difícil de ser vista em exposições, em floriculturas. É preciso garimpar no meio de florestas, de pântanos para desvendá-la.
Pequenos Mártires, semelhantes aos grandes mártires de toda a história, das ditaduras, das repressões e dos abusos. Gente que sofreu a dor do martírio, porque martírio é sempre sinal de sofrimento, de submissão ou omissão, que não dá o direito de escolha. Martírio com sangue derramado germinando como semente para nova vida, para possibilidades de só então ser reconhecido como cidadão, como pessoa. Ser concreto, ser que existe. Que dor cruel, sofrer para ser reconhecido.
Pequenos Mártires, que não ficam mais no “limbo” do esquecimento, lugar para onde iam os anjinhos inocentes que morriam pagãos, como queriam que acreditássemos.
Para vocês, nosso desejo e empenho são o de desmistificar o “limbo”, que não existe, trazendo o abstrato para o concreto, realidade que se enxerga, para nela, juntos, semearmos e colhermos, com dores de parto, a flor da dignidade e do respeito. Não esquecendo, a realidade dura e crua da violência, encontra respaldo no pensar de Winnicott, que é no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança, o adolescente ou adulto fruem sua liberdade de criação.
Nosso convite: Vamos brincar de roda, vamos brincar de ciranda nos jardins floridos das casas, onde nasce a flor do Martírio.

Autores: Maria Eugenia e Francisco Revoredo - texto escrito em 10 de fevereiro de 2005 para aceitação e matrícula no Curso de Especialização em Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes-VDCA, no LACRI-USP.
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quinta-feira, 15 de maio de 2008

A Paz





A paz que vence o mundo..

Porque não é finita

Porque tem a sublimidadedo amor.

Do amor de Deus

Cristificado em Jesus.
autora: Teka Rogel

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mimo do Café das Letras



Um lindo mimo que recebi da Comunidade Café das Letras, escrita pela Mônica com a ciência do moderador Zé Roberto no dia 13 de maio de 2008.

Vai ficar para sempre no meu coração!!!

Muito obrigada pelo carinho, meus poetas queridos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A Menina



Remexendo nas reminiscências
mais antigas e sepultadas
nas profundezas de minha mente
encontrei-me com uma menina.

Sentamos ao lado da cama
e começamos a desfiar as lembranças.
Perguntava para a menina
com sede de trazer à memória
lembranças ora alegres, ora tristonhas
de um já tão desgastado tempo.

Cheiros, cores, odores...
Pessoas... Flores... Amores.
Fatos corriqueiros como um tombo
ou extraordinários como uma visita importante
ficavam doces e brilhantes
pela lembrança vívida da menina.

Fizemos um passeio pelo tempo...
Relembramos com riso e choro
cheiros, cores, odores
Pessoas... Flores... Amores.

E ao final deste encontro
senti que eu e a menina
apenas nos separamos
nas lembranças de um tempo.

Maria Eugenia
24/02/2008

sábado, 10 de maio de 2008

Violência


Mataram em mim a esperança.
Despedaçaram a minha alma.
Violentaram a minha pureza
Violaram a minha inocência...

Despudoradamente atacaram a minha virgindade
Não se importaram com as minhas dores.
Minhas lágrimas rolaram rosto abaixo.
Misturadas com o rubor da minha face...

Vergonha e raiva
Medo e dor, sentimentos repugnantes.
Não se importaram com meus sentimentos.
Nem olharam para meu rosto.

Ao meu lado silencioso
Meu filho. Homem digno.
Gemendo as mesmas dores que eu
Um abraço uniu as nossas vergonhas...


Maria Eugenia- em homenagem a uma mulher querida

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Adormecida

Saudade do teu cheiro...
Cheiro bom, cheiro brejeiro...
Cheiro de flor do campo
misturado com alfazema.

Saudade do teu colo.
Colo bom...
Minha cabeça reclinada...
Adormecida...
Embalada pelo teu cheiro.

Saudade da tua presença...
Lembrança benfazeja...
Impregnada na memória
Flor do campo...
Alfazema...

Cheiro brejeiro...
Cheiro de flor do campo...
Colo bom!
Lembrança na memória...
Campo...
Odor...
Flor...
Carícia...
Embalada...
Adormecida...

Saudade...


Maria Eugenia

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Paz

PAZ
Paz...

Doce paz...
Sublime paz...
Adormecer nesta paz...
A paz que vence o mundo...
Jesus, o Príncipe da Paz!


Maria Eugenia

domingo, 4 de maio de 2008

Hino de louvor ao SENHOR

"Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
Servia ao SENHOR com alegria,
apresentai-vos dinte dele com cântico.

Sabei que o SENHOR é Deus:
foi ele quem nos fez e dele somos;
Somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio.

Entrai por suas portas com ações de graça,
e nos seus átrios com hinos de louvor;
rendei-lhe graças e bendizei o seu nome.

Porque o SENHOR é bom,
A sua misericórdia dura para sempre,
e de geração em geração a sua fidelidade".

(Salmo 100)

sábado, 3 de maio de 2008

Poema para Mariana

Mari
Mariana
Brincando de amar
Mal me quer
Bem me quer

MariMariana...
Levando a vida
Aprendendo a amar...

Mal me quer
Bem me quer
Quer-me bem
Amar, sempre...
Querer bem...
Bem querer...

Maria Eugenia
Pelos 18 anos hoje da Mariana

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Melancolia

MELANCOLIA - UMA HOMENAGEM A TEKA RANGEL

Melancolia....
Saudades de dias passados.
Risos que não ecoam mais.
Vozes tão ao longe.
Passos que não chegam...

Ah! Melancolia...
Ceda lugar à esperança.
Escuta o riso de novo.
Descubra vozes tão perto.
Sinta os passos dos que ficaram...

Ah! Melancolia...Não a quero.
Foi me dada a missão sublime
de alegrar corações
com a dádiva do alto
de poetizar...

Maria Eugenia 02/05/2008

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Confiança

"Confia ao SENHOR teu caminho
Espera NELE
E o mais
ELE fará".

(Salmo 37,5)