quarta-feira, 30 de abril de 2008

Outono

Chega a noite!
Escurece...
Um vento gélido
em pleno outono...
Mudou a estação.
Começam as folhas a cairem.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Quem viver verá

Ondas enfurecidas
rompem os limites da orla
beijam o asfalto da avenida.
Estão a dizer coisas
que não queremos compreender.

Até quando desafiaremos
a sabedoria da natureza?
Até quando a insensatez
cegará os olhos
emudecerá os lábios
desnorteará os passos?

Quem viver verá...

domingo, 27 de abril de 2008

Alternância

Sentimentos se alternam em minha alma...
Ora de alegria e desejo de vencer
as batalhasincríveis da existência...
Ora de desesperança.
Como se as mais ínfimas batalhas
já houvessem me vencido.

Alternam-se em mim
a paz dos que aborrecem
toda e qualquer injustiça.
Ao lado do desejo de desforrados
que queremjustiça a qualquer preço.

Sou um misto
de homem e anjo.
De desejo e ambição.
De paz no meio da contradição.

Sou cara metade
do amor e do ódio.
Do ciúme e da bondade.
Da carne e do espírito.

Esta alternância de sentimentos
Fazem-me viver um contraste
de sombra e luz.
Da sanidade muitas vezes insana
dos desejos ocultos da alma.
Assim vivo a vida.
Ora homem.
Ora anjo.
Descobrindo-me a cada dia
e dando-me a descobrir.

Maria Eugenia
26/04/2008

sábado, 26 de abril de 2008

Sentimentos II

Acordei com uma sensação indefinida e inacabada... Encerrou o sarau!

Por não ter estado até os últimos instantes, ficou um sabor indefinido de incompleto.

Entrei. Em mim havia uma necessidade tranqüila de olhar como havia ficado. Eternizar no coração a sensação experimentada...

Salão Nobre dos Poetas...

Repousava ali uma penumbra. De janelas semi cerradas, deixando entrar pelas frestas a claridade do novo dia que chegava. A porta estava entreaberta... As cadeiras ainda não arrumadas. Clima de final de festa...

Começo a arrumar? Não... Não... Não ouso tocar. Deixa ficar ainda por mais tempo esse clima no ar.

Sento. Olho ao meu redor. Leio e releio tudo. Agora com muita calma. Ainda respirando a noite do Sarau. Tempo de poetizar.

Sentimentos em ebulição dentro de mim... Tento defini-los nesta manhã. O que estou sentindo? Não sei... Deixo-me livre...

Percebo uma melancólica e alegre saudade...

Maria Eugenia- postado agora no formato de crônica

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sentimentos


Acordei com uma sensação
indefinida
Inacabada...

Encerrou o sarau!

Por não ter estado
até os últimos instantes
ficou um sabor
indefinido
de incompleto.

Entrei.
Em mim havia
uma necessidade tranqüila de olhar
como havia ficado.
Eternizar no coração
a sensação experimentada...

Salão Nobre dos Poetas...
Repousava ali uma penumbra.
De janelas semi cerradas
deixando entrar pelas frestas
A claridade do novo dia que chegava

A porta estava entreaberta...
As cadeiras ainda não arrumadas
Clima de final de festa...
Começo a arrumar?
Não...Não...
Não ouso tocar
Deixa ficar ainda por mais tempo
Esse clima no ar.

Sento.
Olho ao meu redor.
Leio e releio tudo
Agora com muita calma.
Ainda respirando a noite do Sarau.
Tempo de poetizar.
Sentimentos em ebulição dentro de mim...

Tento definir meus sentimentos
nesta manhã.
O que estou sentindo?
Não sei... deixo-me livre...
Percebo uma melancólica e alegre saudade...


Maria Eugenia
25/04/2008- um dia após a noite do Sarau literário do Café das Letras.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Poemas...poemas

Poemas...Poemas...
Páginas de poemas.
Manuscritos.
Escritos com tinta da alma.

Voavam ao vento
nas ruas
em meio ao desalento
buscando corações
para poder descansar.

Quem seria o autor?
Que importa saber...

Poemas de amor.
Poemas de dor.
Poemas gerados
no íntimo de um poeta
com profundo gemer,
de parir, de dar à luz
de dar vida
em forma da letra escrita.

Quem seria o autor?
Que importa encontrar...

Poemas de vida...
Poemas de libertação.
Poemas que rompem
a bolsa da ignorância.
Doeram as dores de parto.
Em fórceps nasceram
para forma tomar.
E agora como destino
percorrem o mundo.

Quem seria o autor?
O doador dessas vidas???
Que importa saber?
Que importa entender?

Vida é dada
para não se deixar acorrentar.
Voa livre ó letras benditas
de dor e amor.
Cumpram o destino
de novas vidas acalentar.

Maria Eugenia
21/04/2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Até que

Até que esperanças
Não sejam mais ingênuas,
Mas Eugênias,
Plenas,
Brancas
Cheias de Paz.

autora: Valdeci Purim
publicada em Sarau on Line
20/04/2008

domingo, 20 de abril de 2008

Até

Até que...
A humanidade seja semente
de liberdadee sonho.

Até que...
a gente no presente
de alma inquieta
vislumbre a possibilidade
de futuro
de gestos
de toques
de afagos
de brilho de vida no olhar.

Até que...
A idade da terra
Não nos tenha envelhecido.
Não nos tenha embrutecido.
Que a semente do sangue
de tantos ao longo dos séculos
tenha germinado.
O lobo ao lado do cordeiro
juntos nos campos da paz...

Maria Eugenia
19/04/2008

sábado, 19 de abril de 2008

Até que II

Até...
Até que tudo cesse...

Será poeta???

Até que tudo cesse...
Sempre foi assim
e deverá ser
na história do homem???

Até que tudo cesse...
Oh! poeta...
Esté é o cursonatural
da evolução humana???

Maria Eugenia

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Até quando...

Abjeto ato.
Um fato...
Gritado alto...
Assalto!

Uma arma
sepulta a paz.
Desnuda o brio
da cidadania.

Até quando?
Até quando
Ecoará um grito?

Maria Eugenia
18/04/2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Um vazio

Uma rosa
cor de sangue
pendida no vaso.

Um batom
semi usado
largado em um canto.

Uma música
esquecida tocando
um bolero de Gardel.

Alguém solitário
absorto, perdido
contemplando o vazio...

Maria Eugenia
16/04/2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Liberdade

De alma lavada
exponho-me à vida.
Coração aberto.
Avidamente busco
meu quinhão de liberdade.

Sinto o frescor do vento.
Saboreio a paz da manhã.
Deixo-me banhar
pelos tímidos raios de sol
prenúncio de outono.

Elimino os fantasmas.
Revivo os sonhos.
Busco os mais ardentes desejos
escondidos, trancados
algemados que foram pela solidão.

Corro a corrida da liberdade.
Singro mares desconhecidos.
Oriento-me pela bússola da esperança.
Nada levo comigo.
Apenas saboreio cada ato de vida.

Maria Eugenia
13/04/2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vôo no vácuo

Um vôo no vácuo...
Estateladas...
No frio cimento como cama
Dormiram o sono eterno.

Sonhavam sonhos de crianças.
Alçavam vôos imaginários.
Voaram como dançarinas
Na dança da apoteose da vida.
Sonhando para nunca mais acordar...

Soa tão vazia.
Sem sentido
a antiga cantiga:
Nana nenê do meu coração.

Durmam em paz
crianças violentadas
deste nosso país...

Maria Eugenia

terça-feira, 1 de abril de 2008

O Ser...poeta


Ser a palavra espalhada
ao sabor do vento
como sementes
das emoções dos homens
que delas se alimentam.

E no silêncio
aguardar como o agricultor
esperando a ceifa
da palavra frutificada
em novas e múltiplas poesias
acordando o universo
ao som desta sinfonia.

Maria Eugenia
01/04/2008

Aos poetas do Sarau e para Danuzio