Quando eu criança amava o circo. E amo até hoje. Ele chegava a minha cidade com grande barulho e alarido. Instalava-se em um terreno baldio, distante do arrogante centro cultural, que não lhe abria espaço. Arte mambembe...
A lona colorida era armada. Maravilhosa, com bandeiras coloridas, que de tão maravilhosa escondia os remendos e mais remendos que o tempo se lhe impunha. O suficiente para esconder a chuva.
Os palhaços pelas ruas, zombeteiros, anunciavam o espetáculo. Atrás os carros com as bailarinas e os animais nas jaulas, que nem me parecia atrocidade. Faziam parte daquele mundo. Era tão linda aquela visão. Um caminhão transportava a banda que tocava desafinada os sons mais afinados que nossos ouvidos ouviam.
Coração acelerava, disparava... Hoje vai ter espetáculo? Vai sim senhor...
Nossa roupa de festa, a conversa com os amigos... Será que vai ter trapézio?Como serão os trapezistas?Darão saltos mortais?
Lembro-me de minha fascinação pelo trapézio. Sonhava em seguir o circo, ser uma trapezista, aprender esta arte... Lançar-me no espaço, vencer a gravidade. Ou melhor, se confessar honestamente, o que eu sonhava era casar com o trapezista, tão lindo naquela roupa colante de malha... Um Adonis nos meus sonhos.
Papai dizia que menina moça não podia ir ao circo desacompanhada e lá ia eu pedir à titia para levar-me ver meu trapezista...Sonhar que voava com ele pelo infinito tempo de um salto mortal...Um, dois, três...Ai!Quase cai!Mas qual o que. Meu herói pousava suave na rede e inclinava-se como um príncipe para receber os aplausos.
Quantos circos passaram pela minha vida de criança e adolescente... Quanto me apaixonei pelos trapezistas... O nome deles?Não sei. Nunca me atrevi a conversar com nenhum... Eu os amava nos meus sonhos e devaneios vividos naquele mundo tão irreal e inatingível para mim.
Hoje tem espetáculo? Tem, sim senhor...
Maria Eugenia
20/05/2008
A lona colorida era armada. Maravilhosa, com bandeiras coloridas, que de tão maravilhosa escondia os remendos e mais remendos que o tempo se lhe impunha. O suficiente para esconder a chuva.
Os palhaços pelas ruas, zombeteiros, anunciavam o espetáculo. Atrás os carros com as bailarinas e os animais nas jaulas, que nem me parecia atrocidade. Faziam parte daquele mundo. Era tão linda aquela visão. Um caminhão transportava a banda que tocava desafinada os sons mais afinados que nossos ouvidos ouviam.
Coração acelerava, disparava... Hoje vai ter espetáculo? Vai sim senhor...
Nossa roupa de festa, a conversa com os amigos... Será que vai ter trapézio?Como serão os trapezistas?Darão saltos mortais?
Lembro-me de minha fascinação pelo trapézio. Sonhava em seguir o circo, ser uma trapezista, aprender esta arte... Lançar-me no espaço, vencer a gravidade. Ou melhor, se confessar honestamente, o que eu sonhava era casar com o trapezista, tão lindo naquela roupa colante de malha... Um Adonis nos meus sonhos.
Papai dizia que menina moça não podia ir ao circo desacompanhada e lá ia eu pedir à titia para levar-me ver meu trapezista...Sonhar que voava com ele pelo infinito tempo de um salto mortal...Um, dois, três...Ai!Quase cai!Mas qual o que. Meu herói pousava suave na rede e inclinava-se como um príncipe para receber os aplausos.
Quantos circos passaram pela minha vida de criança e adolescente... Quanto me apaixonei pelos trapezistas... O nome deles?Não sei. Nunca me atrevi a conversar com nenhum... Eu os amava nos meus sonhos e devaneios vividos naquele mundo tão irreal e inatingível para mim.
Hoje tem espetáculo? Tem, sim senhor...
Maria Eugenia
20/05/2008
Um comentário:
Q nostalgiaa..danaada...
Meus olhos enchem de lágrima..
Lindooooo
bjux
Postar um comentário